Saturday, November 25, 2006

Energia Transbordante

...E mais uma vez, minha cabeça se descontrola. Descontrolada. As veias saltadas da minha memória. Surtos, colapsos, pensamentos confusos e atordoados em minha mente. Pressionada estou em minha vida, emocionada. Chorando e gritando, querendo entender o que me faz viver. Calma, calada e ouvindo vozes ao amanhecer. Compreendida porém, em meu cérebro cansado. Atolado de males os quais ele tem me proporcionado. Pensamentos os quais, não precisam ser criados; mas por algum motivo enfim, ficam a ser elaborados.
Pensa
Pensa
E se enrosca
Nesta vasta valsa torta.
Para quê tanta afobação neste momento de decisão... Sinta mais do que pense neste momento de paixão. E se já está decidido, para quê tanta preocupação!
E eu me pergunto desde então...
Porquê não?

Wednesday, November 01, 2006

Pedido de Socorro

A face do mundo antes rosada virou suja. Olhos profundos e quase cegos. Veias finas, pouco sangue. Gritos e horror, estamos todos camuflados. Cansados sem motivo. Andando em circulos acordados feitos zumbis, perdidos. Salve-se quem puder com seus pensamentos. Cada um por si, cada um por si só. Salve sua saúde, viva o momento. Salve o que te pertence. Salve-se de você mesmo, de seu espelho e sua imagem semelhante a si próprio. Esperneie-se pedindo ajuda, tentando morrer sem conseguir. Escolha seu melhor vestido, seu melhor terno e vá dormir. Escolha sua caixa, suas flores e sua oração. Olha sinceramente eu, Milena Celli, gostaria no momento de chacoalhar o mundo. Gostaria de selecionar os mais fortes deixando os mais fracos para depois. Eu diria: "Vamos, siga, vamos seguir..." Mas o quê. Olhares vazios, lágrimas, desespero não sei de quê. O que precisam para acordar! Despertem! Despertem seus mortos-vivos! Chega de vítimas e paralisia. Chega de reclamações e pedidos de atenção! Façam valer a pena. O que sentem. O que querem. Cadê. Se achem e parem de encher. Para ganhar a guerra precisamos de líderes e não de soldados! Seus chumbos. Aprendam a pensar. Esqueçam-se. Reciclem-se. E principalmente povo, peço para que se equilibrem.
Porque uma hora o mundo há de chacoalhar!
E os equilibristas hão de ficar...

Friday, October 27, 2006

Blé!

Se a tristeza corresse atrás de mim eu estaria sempre a frente dela.

Sunday, September 10, 2006

Coisinhas

Se eu tivesse apenas um pedido a fazer, diria:
"Fada Madrinha, quero ser uma pedrinha."

Assim eu não sinto tanto.
E não sofro o que as vezes me dói e...

Ponto.

Wednesday, July 26, 2006

Declaração

Porquê eu fiquei com vontade. Porquê o que eu sinto merece reticências. (...)

Descobri que tem pessoas que tem o dom de me entender. Algumas delas sacam o que eu tenho de melhor e ainda por cima, pagam para ver o meu melhor. Acabam me ganhando por inteiro... Como podem saber o que eu sinto se mesmo eu, envergonhada, tento esconder até de mim mesma meus mais medíocres pensamentos. Eu sinto demais e descobri que podem existir pessoas que sentem da mesma forma. Pelo olhar, pelo toque.. por um simples abraço apertado... Pelas palavras e gestos, pelos sorrisos doces e pela companhia deliciosa de sempre.

É tão fácil. Fácil e gostoso gostar tanto, sentir tanto por essas pessoas. Porquê acima de tudo, elas me conhecem. Não sei como, mas me conhecem aqui por dentro. Meus sentimentos.. Meus pensamentos ou o que quer que seja o que eu esteja sentindo.

E principalmente.. Eu gosto de estar amando estas pessoas. E tá realmente muito bom assim...

Eu te amo, anjo.
Beijos...

Monday, June 26, 2006

Dramalhão Mexicano

Me arrancaram um pedacinho. Eu não sei de qual parte minha que é, mas me arrancaram. Puxaram com os dentes e me ensopei toda de lágrimas. Sabe, me faz mesmo muita falta todos os dias e todas as horas este meu pedaço de pelagem. Meus buraquinhos gordurosos então todos tão vazios... Me sinto como uma bexiga vazia. Como um baú sem brinquedos, como um copo sem refresco. Eu não sinto mais minha pele, pareço até desprotegida. Minha parte interna está vulnerável, não me sinto mais saudável!
Preciso mesmo do meu pedaço...
Senão nada mais eu faço!

Friday, June 02, 2006

Pulmões

Eu não sabia que um sentimento podia doer tanto. Na verdade eu nem sabia que ele doía... É como se fosse uma saudade que me corrói aqui por dentro chegando a sufocar-me. Eu queria tanto poder me controlar, mas eu não me obedeço. Eu tento esquecer, mas é tão dificil... E assim fico eu, atordoada, na minha alegria balançada. Eu não sei o que pensar, eu não sei o que dizer... Eu só me pergunto o porquê que eu acabo tornando as coisas mais difíceis do que realmente elas são. Talvez eu até não goste de torná-las assim... Talvez não seja mesmo a minha culpa. Mas sabe, eu percebo.
Eu não me pertenço mais!
Eu não faço mais parte de mim mesma!
Eu realmente não sei mais o que pensar! Estou exausta. Exausta de andar em circulos e exausta de querer o que não posso. Exausta de correr e não chegar. Tão exausta que chego a perder o fôlego.
Por favor..
Alguém me ajude.
A respirar...
Eu preciso...
De uma bolha.
De arrrrrrrrrr...

(suspiro)

Ah...
Estou tão cansada.

Thursday, May 25, 2006

Tristeza

Tô me entupindo de doce.

Saturday, May 13, 2006

Imagens

Todos os dias nestes últimos dias eu me olho no espelho e vejo o quão essa pessoa que ali se mostra é importante para mim; seus olhos dizem tudo o que meus ouvidos querem ouvir. Sua boca meramente seca purifica-se com a lágrima de meu olho quase sempre com aquele olhar vago e perdido no espaço, sem palavras para me confortar e apenas um abraço. São dias e dias de felicidade constante a qual não pedi a ninguém, apenas carrego comigo mesma a minha melhor compania que faz de meus momentos tão simples e únicos os quais tento descrevê-los enfim, nestas linhas sem fim.

É a chuva que cai e me faz correr na rua.
É a vida que me leva e e me traz como uma pluma.
É a música que me carrega nessa dança que não sei dançar.
Apenas sapatear.
É aquele sentimento tão sincero e verdadeiro que tranquiliza a parte emotiva existente dentro de mim... A qual havia me esquecido, perdido, transformado em duro diamante ardido.
É estar sem fazer nada e continuar a sorrir.

Prefiro ficar a me admirar neste espelho, trocar confidências e verdades entre mim a ficar guerreando com falsos poetas que sempre me enganaram com suas espadas de marfim.
E deixo ainda um aviso.
Superstições a parte, não funcionam comigo.
Se esta imagem se for, terei um abrigo...
No meu próprio umbigo!

Friday, May 05, 2006

Ponto de vista

Passado
(voz sentimental)
Eu só queria uma chance...

Presente
(voz endiabrada)
Uma chance, só isso que eu quero!

Futuro
(voz esperançosa)
Eu terei uma chance...

Momento
(voz indignada)
Foi aquilo, uma chance?
cen cha-nce.

Terei outra.
E tantas outras...
E outras tantas.

Tuesday, May 02, 2006

Tosse

Isso é tão relativo. Se 2 + 2 são 4 eu não vou colocar ao quadrado. Deixe de ser besta, a vida é uma cesta. O que haveria de ter em minha cesta... Vejamos.

(...)Eu havia colocado algumas frutas nela mas uma apodreceu e acabou contaminando todas as outras. Aqueles doces que eu havia ganhado foram todos atacados por formigas as quais, malvadas e sanguessugas, não estavam nem aí com os vermelhidões que haviam me deixado pelas suas picadas. Os salgados cheios de sal que eu havia encontrado deixaram a minha vida tão sem sal que resolvi olhar a tabela de nutrientes para saber qual seria o tal fabricante. Indivíduos construídos por pedras, sempre eles. Não cozinhem mais suas pedreiras ambulantes! Ficam tentando estragar a vida dos viveiros. Seus petulantes!

Minha cesta enfim, está vazia.
Mas qual seria então o motivo de minha azia?

Tuesday, April 11, 2006

Aqui jaz

Tem vezes que eu morro e me enterro. Só não berro porquê não tolero, vou ao mosteiro e penso, e nego. Essa minha birra tão ranzinza. Tão menina... Tão perdida que acabo sozinha fora da rotina. Descobri que colocaram uma corrente de aço na minha porta que teria o acesso ao mundo dos adultos e eu sozinha não consigo arrebentá-la. Quem seria tão mau a ponto de deixar-me deste lado de fora! Como ousa, tal elemento. Como ousa cuspir na minha realidade presente, que é a única coisa que tenho, que é a única coisa que almejo. Tenho nojo. Nojo de arquivos mofados através do tempo. Hoje precisei correr um pouco mais pelo corredor que me encontro do lado de fora que acabei ficando de um lado para o outro suando, ousando. Só que além das correntes descobri que especialmente hoje haviam também baratas sujas e imundas, sussurando em ouvidos alheios, muito feio. Não estou mentindo, sem rodeios! Bichos os quais me deixaram nauseada ao ver tanta hipocrisia, tanta paralisia de um mundo que é só meu e ninguém mais entende... Mas eu preciso mesmo entrar por essa porta, não importa quais os lixos que irei encontrar por ali, ou por lá. Lembrei-me agora até de um fato importante: deixei meu escudo em casa. Não pelo fato de esquece-lo mas sim, por não poder mais carregá-lo. Que fardo! Estou sozinha e meu caminho, amordaçado. Onde está meu gado. Onde está meu eu amado...

Tuesday, April 04, 2006

24 hrs

Tem dias que eu acordo e acho que a minha vida está ao contrário. Tem dias que eu nem percebo e me pego olhando o horário... O relógio se atrasa, mas está sempre na hora certa. Olho para cima e para baixo, que horas são, são oito horas. Mas todos os meus dias são dias, sejam quais dias são. Me pergunto sozinha desde então o porquê me confundo tanto com esta minha coleção de dias sem noção. Fico perdida e a hora me enrola, me degrado no tempo e acabo me perguntando de novo qual era mesmo aquela minha antiga primeira questão. Vai dia, menos dia, o que me importa agora esse dia que tanto me seduziu ao sair... Não quero mais me iludir.

Entra tempo
não se acalma
vai embora
faz a hora
e sai agora.

Fecha a porta e não demora,
sai lá fora e perde a hora.

Quanto lero!
Não te espero.
Pico pato lero.

Tuesday, March 21, 2006

Hora do Banho

E de todos os meus vícios, ilícitos, os quais todos foram escolhidos por mim.
E de minha mais podre carniça, aquela que me apodrece e me enobrece por ser tão ruim...
Esqueço-me de meus zelos.
E de meus tornozelos, os quais nunca me levaram até o fim.
E de minha mais pura alegria repugnante, com seu cheiro forte e penetrante, não sei dizer qual seria o perfume mais infame, do que meu sorriso atordoante.
Coço-me.
A sujeira se enrosca.
Roço-me com desgosto de minha pele fosca.
Ofusca-me este brilho de minha louça.
Água de poça.
Limpo-me e saio a procura de algo que eu possa um dia, e uma palhoça,
Limpar-me de porcos iguais a ti.
O qual nunca o escolhi...
Apenas compreendi.

Monday, February 27, 2006

Óbvios

Não irei catar as moscas,
Se eu posso caçar os sapos.

Se eu posso caçar os sapos,
Não irei catar as moscas.

Tuesday, January 31, 2006

Jogo da Vida

Fiz uma aposta comigo mesma.Investimento. É isso... Resolvi investir em mim mesma e fiz uma aposta com a Milena. Por sinal, que decisão difícil e ao mesmo tempo nada convencional que uma pessoa em sã conciência que a si se conhece, tomaria. Digamos que estou investindo nas minhas fraquezas e na minha inocência, em minha imaturidade e em meus flagelos; estou a acreditar que aquela parte de mim responsável irá tomar conta do meu corpo de colegial. Prefiro não duvidar desta parte que me toca... Mas é realmente constrangedor apostar em algo com tantos defeitos de fabricação. Acreditar em uma jovem que diz dar-se por inteira para obter um futuro promissor em sua vida é complicadíssimo. Mesmo porquê investimento é aquele papel verde que todo mundo quer e fica louco quando perde. É disso que eu estou falando. Eu não sei o porquê que fiz isso, mas fazer o quê, agora tá feito o que tinha que fazer e nem dá mais para mudar e muito menos dá para eu me lamentar. Mesmo porquê eu não lamento nada, eu até gosto dessa adrenalina toda, desse suspense do tudo ou nada. Agora eu até compreendi melhor meus pais quando eles dizem não acreditar em mim algumas vezes. Mas sabe, eu tenho mesmo a esperança que tudo vai dar certo. Sempre dá. Pode dar errado, mas depois dá tudo certo. Os momentos, esses belos momentos que a gente perde a noção da realidade e resolve se jogar de corpo inteiro tendo a certeza de que lá mais para baixo tem um colchão de bolinhas de isopor que te fará flutuar como uma bolha de sabão me dão medo. Eu amo mesmo esses momentos, não me importo e me entrego até mesmo sem pensar muito na hora exatamente que me entrego porquê já penso bem mais e muito mais antes deles mesmo acontecerem, se darem por si que estão ali, naquele exato momento. O funcionamento destes momentos lembram as profecias dos famosos profetas; é como se eles funcionassem bem antes de eles acontecerem, então eu acabo me preparando para quando eles acontecem de verdade e me jogo. Mas não é sempre assim como não é sempre do outro jeito. Eu estou me arriscando, mas talvez eu esteja certa. Pelo menos estou apostando em algo que acredito. É como... É como comprar uma galinha dos ovos de ouro que não sabe botar ovos ou um santo e não rezar. É como se eu tivesse um filho. Concluindo, é como se eu comprasse a melhor parte, a galinha no caso, e tivesse que se esforçar um pouquinho mais para ensiná-la a botar ovos; o santo e o filho é mais ou menos o mesmo caso, eu preciso acreditar neles para que os meus pedidos sejam atendidos, no caso, o santo; ou educar o meu filho perfeitamente bem para ter orgulho de ser mãe. Arriscar-se pelos próprios sonhos é a melhor coisa que um ser humano pode fazer por ele mesmo. É saber que pode algo que não está a seu alcance no momento, mas poderá estar. É acreditar na capacidade de pensar, criar e fazer. Bom, pelo menos se eu sair perdendo nesta minha aposta, tem uma parte boa.
Apostei comigo mesma.

GANHEI!

Tuesday, January 24, 2006

I miss you

Saudades de nossas vozes em harmonia, do seu jeito, do nosso riso em melodia; do modo que nós dançávamos pela rua sem destino, você como um menino. Saudades do seu olhar fixado em meus rosto, do tempo que nos perseguia ao ver nossas vidas seguindo sem rumo em horas vagas cheias de prazer enquanto o tempo corria mesmo nós querendo que ele passasse devagar. Saudades do seu abraço, do enlaço de suas mãos a minha cintura enquanto caminhávamos com nossos tranquilos passos. A nossa diversão intervia todas as vezes que nos olhávamos de forma maliciosa, por mais ingênua esta que fosse principalmente se a mesma fosse inconsciente. Todas as palavras, os toques, as formas; todos os sons, as horas, o tempo, a alegria que nos consumia da maneira mais natural possível... Valeu a pena.
E está na minha memória e na história da minha vida.
Por mais curta que ela seja.

Thursday, January 12, 2006

Aviso aos Viajantes

Tenho a impressão de que eu envelheci uns 10 anos nesta juventude, senão quem sabe para mais. A minha situação é quase de uma velha chata. Chata e quadrada. Não sei se é o meu modo de ver diferente ou se é esta minha mania de achar defeito onde certamente têm mas ninguém vê que me faz ser assim. Talvez eu não saiba mesmo aproveitar certas bobagens da vida, talvez eu prefira mesmo aproveitar de outra maneira; daquele modo que ninguém mais além de mim conseguiu descobrir a não ser eu mesma. Eu chego a me sentir as vezes (muitas, aliás) fora de um sistema. Sinto-me como um planeta chutado para fora do Sistema Solar, exatamente estas palavras e exemplos. Me sinto... Sinto-me como se eu fosse um buraco negro, daqueles que não estão lá. Me sinto uma miragem, um defeito de viagem, uma imagem que distorce uma paisagem. Comecei desde então, a levantar dados. Rascunhos anotados em punhos na minha mente, marcados com orelhas de burro. Cheguei então a ficar fora de mim mesma por algumas horas, para tentar descobrir se eu estava com pensamentos errados ou se realmente eu agia como uma autista que acabei no final até passando mal em mais uma daquelas lindas noites de luau. Mas depois, como sempre, meus papéis acabam me ajudando em nada a resolver tais problemas que eu arranjo para me distrair que eu acabei rasgando todos eles e finalizei vendo-os cair. Alguém devia ter me estudado antes de eu nascer para eu poder ter, que sabe, uma juventude normal. Não consigo mesmo aceitar certos momentos joviais em minha vida e acabo me irritando como uma velha de mil anos. Não consigo nem sentar e relaxar, preciso logo de um xarope para me animar. Essa minha mania de achar que eu estou certa, mas não estou, ou quem estará. Não aponte para mim se nem você sabe a verdade. Talvez te contaram uma mentira e você fez que acreditou para não sofrer. Ou talvez você transformou em verdade o que era mentira para não doer, não se sabe. Então eu acabo por fim não sabendo também. Mas meus pensamentos e sentimentos não mentem para mim pois sou eu, a minha própria verdade. Sei o que me faz bem, portanto, faça o seu mau mas não me deixe mal. Mesmo eu no meu canto, sofro consequências. Belas sequências de me tornar uma extraterrestre em qualquer ponto. Personagem criado, vamos as fases. Não quero saber, pulei algumas delas e já me veio as rugas.
Meu cremes, onde estarão... Perco minhas coisas desde então.