Tuesday, March 21, 2006

Hora do Banho

E de todos os meus vícios, ilícitos, os quais todos foram escolhidos por mim.
E de minha mais podre carniça, aquela que me apodrece e me enobrece por ser tão ruim...
Esqueço-me de meus zelos.
E de meus tornozelos, os quais nunca me levaram até o fim.
E de minha mais pura alegria repugnante, com seu cheiro forte e penetrante, não sei dizer qual seria o perfume mais infame, do que meu sorriso atordoante.
Coço-me.
A sujeira se enrosca.
Roço-me com desgosto de minha pele fosca.
Ofusca-me este brilho de minha louça.
Água de poça.
Limpo-me e saio a procura de algo que eu possa um dia, e uma palhoça,
Limpar-me de porcos iguais a ti.
O qual nunca o escolhi...
Apenas compreendi.